Nunca esconda um melanoma com uma tatuagem, saiba por quê.

O melanoma, tipo mais grave de câncer de pele, geralmente tem a forma de uma mancha escura irregular (semelhante a uma pinta ou sinal) e é mais comum em pessoas claras, com história de queimaduras solares e bronzeamento da pele. Surge com mais frequência no dorso do homem e na perna das mulheres, mas pode ocorrer em qualquer parte do corpo. As pessoas que apresentam muitos sinais (ou pintas) no corpo, história pessoal e/ou familiar de câncer de pele têm maior risco de desenvolver melanoma.

 

Muitas vezes esses sinais suspeitos são percebidos por familiares ou profissionais que têm a oportunidade de observar a pele de um cliente. Como, por exemplo, os cabeleireiros, que notam pinta escura no couro cabeludo durante corte ou tintura dos cabelos; os podólogos, que chamam a atenção do cliente para uma mancha escura nas unhas, ao redor delas ou mesmo nas palmas e plantas; e os tatuadores que percebem um sinal escuro irregular em determinada região durante o processo de tatuagem da pele.

 

Neste contexto, os tatuadores, se devidamente treinados e conscientizados, podem desempenhar um papel fundamental tanto na identificação de pessoas com maior risco da doença também no encaminhamento desses pacientes para avaliação médica diante de uma lesão suspeita. As tatuagens não aumentarem o risco de câncer de pele, mas podem esconder as pintas ou sinais suspeitos que poderiam ser detectados precocemente. Existem, aliás, algumas questões sobre câncer de pele e tatuagem extremamente importantes, e que precisam ser conhecidas pelos tatuadores e seus clientes.

 

Assim, é importante que esses profissionais sejam orientados corretamente sobre a gravidade do câncer de pele e também sobre a identificação de possíveis manchas suspeitas. Juntos, podemos aumentar a detecção de sucesso do melanoma e as chances de cura da doença.

 

O GBM oferecerá essa orientação por meio do Juntos Contra o Melanoma. No programa, médicos do GBM ministram workshops de conscientização gratuitos voltados para tatuadores, com formato breve e conciso e aproximadamente uma hora de duração.

 

No workshop “Nunca esconda um melanoma com uma tatuagem, saiba por quê.”,  o GBM traz informações gerais sobre a doença, seus sinais e sintomas, e também orientações sobre como sugerir o encaminhamento médico em caso de suspeita. Afinal, tão importante quanto identificar um sinal de melanoma é sugerir a visita ao médico adequadamente, sem gerar pânico.

 

A primeira edição do workshop ocorreu em 2017, em São Paulo (SP), paralelamente à 11ª Conferência Brasileira de Melanoma. O evento foi um sucesso e reuniu profissionais de renomados estúdios, que aproveitaram a chance de se informar melhor sobre a doença e agora poderão multiplicar esse conhecimento.

 

E isso foi apenas o começo. Desde então, os workshops se expandiram para outras cidades e ocasiões. Também podem ser realizados in company, nas dependências de cursos ou estúdios de tatuagem.

 

Ficou interessado? Junte-se a nós e compartilhe essa ideia. Quem sabe o GBM não pode ministrar a aula na escola onde você estuda, no estúdio em que você trabalha ou no evento que reúne os adeptos da tattoo? Para saber mais, escreva para juntoscontraomelanoma@gbm.org.br.

FAQ

Quais são as dúvidas mais frequentes sobre tatuagem e o risco de melanoma?

O incômodo com a cicatriz resultante do tratamento do melanoma é uma queixa frequente no consultório do médico. Isto acontece tanto pelo desconforto estético quanto pela lembrança do paciente sobre o câncer. Diferentemente do que acorre em cicatrizes resultantes de procedimentos não oncológicos, a avaliação da cicatriz faz parte do seguimento dos pacientes que já tiveram melanoma, pois existe a chance de retorno do tumor nas bordas da mesma. Por este motivo, não se recomenda a realização de tatuagens em cicatrizes de retirada de câncer de pele.

Diversos estudos já foram realizados para avaliar o potencial das tintas utilizadas por tatuadores serem causa de câncer de pele ou de outros órgãos. Este tema é motivo de muitas discussões entre os cientistas. Até o momento não há comprovação de que a tinta utilizada para a tatuagem possa favorecer o aparecimento do câncer de pele ou de outros órgãos.

Pessoas que apresentam muitos sinais (ou pintas) apresentam risco aumentado de ter câncer de pele, especialmente o melanoma. Estas pessoas devem ser examinadas regularmente por um dermatologista. A realização de tatuagens no corpo pode dificultar o exame realizado pelo médico e também o autoexame (avaliação de modificação de pintas pelo próprio paciente). Não se incentiva a realização de tatuagens em pessoas com risco aumentado de desenvolver melanoma, principalmente as que cobrem extensas áreas do corpo.

Pessoas de pele clara com muitas pintas tem uma chance maior de ter melanoma. O ideal é que você faça periodicamente uma avaliação detalhada das suas pintas com um médico dermatologista que tenha experiência em câncer de pele.

A remoção da tatuagem com laser é o tratamento mais utilizado e eficaz, com bons resultados e raramente deixa cicatrizes. Porém, junto com a retirada do pigmento da tatuagem acontece também a remoção das pintas que estão sobre o desenho. Antes de iniciar o tratamento, recomenda-se um exame detalhado da área do desenho para avaliação de eventuais sinais ou pintas suspeitas. Pintas (ou sinais) não devem ser tratadas com laser. Caso seja necessário, estes sinais da pele devem ser sempre removidos através de procedimento cirúrgico.

BAIXE AQUI NOSSO MATERIAL DE ENGAJAMENTO TODOS JUNTOS CONTRA O MELANOMA